04/05/2010
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO
Ano Lectivo de 2009/2010 29 de Março de 2010
Psicologia do Desenvolvimento11032 – e-fólio B
Nome: António Hélder Gomes Rodrigues
Nº Estudante: 903372 Turma: 5
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Questão nº I Realizar ficha de leitura (Tema 2)
FICHA DE LEITURA
Nome do Autor: António Hélder Gomes Rodrigues
Título: A saúde do adolescente: O que se Sabe e quais são os novos desafios
Editor: Resumo do artigo em título, em resposta ao conteúdo do e-fólio B da disciplina “Psicologia do Desenvolvimento”, no âmbito do curso “Licenciatura em Educação” da Universidade Aberta, ano lectivo de 2009/2010 – 1º ano 2º semestre.
Data da Leitura – 29 de Abril de 2010
Informações sobre o autor: Estudante, aluno do 1º ano de “Licenciatura em Educação” na UAB, 48 anos de idade, casado, pai de uma filha, residente em São Félix da Marinha, Gaia, natural de Moçambique e trabalha em comercio internacional.
Ideia Principal:
A saúde do adolescente, o que se sabe e quais os novos desafios? No inicio dos anos 70, surge a necessidade de desenvolver estudos sobre esta temática, onde se pedia abertura, diálogo e interacção, hoje fundamentalmente por via do desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e informação, e a sua utilização massiva (pelo desenvolvimento da Internet), novas e mais complexas formas de interagir, crescer, socializar, e aprender, estão lançadas na vida dos jovens adolescentes, e seus grupos de socialização privilegiada, nomeadamente pais e professores.
Assim para se perceber este novo rumo do dia-a-dia, e desenvolver projectos adequados às sociedades contemporâneas um novo desafio está lançado, conhecer e acordar para esta nova realidade.
Começamos então por aquilo que já se sabe:
Os adolescentes – A puberdade e a consequente entrada na adolescência, ocorrem cada vez mais de forma mais precoce, o que traz uma necessidade de reavaliação por parte destes relativamente a si e ao seu projecto de vida.
Isto, por si só, já é um factor importante no ceio das famílias e dos diferentes grupos da sociedade, mas quando associado aos múltiplos contextos em que os adolescentes se movem nomeadamente nas suas relações com os pares, grupos e elementos do sexo oposto, podem gerar diferentes situações de comportamento social diferenciadas, pois as práticas do dia-a-dia determinam essa possibilidade.
A família - Na família as crianças e os jovens vão aprendendo a lidar com situações do dia-a-dia e com os outros. Compreender que impactos estas relações emocionais e sociais mais precoces têm nas estruturas cognitivas e afectivas das criança ou jovens, é um factor de elevada importância, pois é a partir destas situações que a crianças e os jovens constroem as suas representações do mundo. Os antecedentes parentais tais como, o rendimento, a estrutura e organização familiar, estão indirectamente relacionados com o envolvimento parental por via o seu impacto nos grupos de vizinhança, e por sua vez no ambiente da escola. Estudos existem em que se prova por exemplo que as crianças e adolescentes provenientes de famílias com baixos rendimentos, estão mais expostas a níveis de violência, pois um estilo parental mais punitivo e menos participativo ocorrem aqui com mais frequência, enquanto nas famílias de melhores rendimentos, um estilo funcional mais democrático, com um controlo parental mais interactivo e participativo, gera no seu ceio regras de funcionamento e de tomadas de decisão, despoletando assim nos jovens melhores sentimentos e competências sociais, que são determinantes na sua autonomia e independência, esta percepção dos adolescentes sobre o controlo parental está associada a um melhor ajustamento destes face aos grupos.
Os amigos - Na infância, a relação com os pares ocorre durante os jogos sociais, é neles que as crianças têm oportunidade de desenvolver e interagir adquirindo assim determinadas competências sociais como a empatia ou estratégias de controlo das emoções. À medida que sai da sua esfera familiar, a criança desenvolve a sua competência social para lidar com os outros pares ou grupos onde se encere, sendo que os elementos mais populares dos grupos ou pares têm mais oportunidades de interacção social e por isso mais vantagem na aprendizagem e prática de competências de relacionamento interpessoal. Pelo contrário, as crianças menos populares procuram um círculo de isolamento, afastam-se dos colegas o que contribui de sobremaneira para reduzir as suas hipóteses de aceitação social, a estas crianças e adolescentes (socialmente rejeitadas), associam-se a agressividade, o desajustamento ou o isolamento social, e consequentemente maiores problemas na escola.
A família ou os amigos - Os pais de forma indirecta influenciam a relação dos filhos com os seus ciclos de amigos, como antes vimos pelas suas práticas parentais diárias, pois quando promovem nos seus filhos a participação nas decisões e proporcionam uma educação que visa a autonomia e responsabilização, estão a contribuir para que os seus filhos dominem procedimentos que mais poderão usar nas suas relações com os seus amigos.
A autonomia é definida em termos cognitivos como o encorajamento para expressão dos diversos pontos de vista, e em termos comportamentais, numa participação activa nas decisões feitas na família. Quando há falta ou excesso de monitorização/controlo parental, ou pelo contrário falta ou excesso de autonomia face à família, aumenta a probabilidade de adopção de comportamentos comprometedores de saúde por parte dos adolescentes, por estes estarem limitados ao convívio em exclusividade com a família ou apenas com pares e amigos.
Uma relação positiva com a família, com o grupo de pares e com a escola, pode ser considerada um factor protector para comportamentos de risco para a saúde dos adolescentes. Pois relações tipo vertical (com a família) e relações tipo horizontal (com os amigos) têm funções diferentes, únicas e não inter-substituíveis no desenvolvimento pessoal e social do jovem, e podem até complementar-se e inter-ajudar-se no estabelecimento de um bem-estar dos adolescentes.
Grupos de pares e culturas juvenis - Os amigos são uma oportunidade crescimento e de exploração pessoal, fornecendo capacidades cognitivas pelo seu contexto da experimentação, desenvolvendo assim nos jovens toda uma validação de interesses e expectativas, na adaptação a situações novas nomeadamente as situações de stress. Os amigos, estão associados a uma percepção de felicidade pessoal, a uma maior auto-estima, a uma melhor adaptação à escola prevenindo o isolamento e a depressão, já a falta deles aparece associada a problemas de rejeição com baixa satisfação pessoal e auto-estima deficitária, e á prevalência de um sentimento de isolamento e de ansiedade social, o melhor indicador do ajustamento na idade adulta não é a inteligência e a escolaridade, mas sim a capacidade de relacionamento com os outros, considerando-se que os jovens que não conseguem um espaço para os amigos nas suas vidas, põem em risco este ajustamento pessoal e social. O grupo de pares tem um papel fundamental na construção da identidade e autonomia dos jovens, promove a formação de opiniões e atitudes, constitui um espaço de diálogo e apoio acerca dos seus problemas pessoais, escolares e profissionais, oferece múltiplas ocasiões de desenvolvimento de novas relações consigo próprio e com os outros, estimula a gestão de conflitos e o desenvolvimento de relações sociais gratificantes.
Sinais dos tempos – Crescer na idade das tecnologias – Desde meados dos anos 90 do século XX que as relações sociais dos adolescentes entre si se têm alterado, isto acontecem em paralelo com a expansão das novas tecnologias da informação e comunicação. Os jovens saem menos à noite, têm menos comportamentos de risco ligados aos consumos e à violência, mas afastam-se emocional e socialmente do mundo dos adultos, nomeadamente dos grupos, pais e professores. Assiste-se a uma grande expansão do uso do computador pessoal, seja como procura de informação (académica e outra), como por puro entretenimento, (jogos on-line, chats, etc ), ou seja como espaço de socialização nas várias opções da “WWW” (WORLD WIDE WEB), onde se privilegiam contactos com comunidades de convívio on-line, ou virtuais, tornando assim possível ao adolescente (e até ao adulto), uma vida paralela onde é possível criar o seus espaços de reflexão e introspecção. Assim a realidade virtual cada vez mais, entra no quotidiano, levantando a dúvida se se perfilará como uma nova forma de trabalho ou de lazer e socialização, ou ainda como nova dependência.
O impacto social e pessoal destes universos, é evidente para quem joga e para quem convive com jogadores, embora as consequências de saúde pública, mental e social ainda estejam a delinear-se, com prognóstico reservado.
Novas tecnologias, novos desafios, novas oportunidades? – O novo desafio para as famílias e para os promotores de saúde é o desenvolvimento de capacidades para poder ser útil aos adolescentes, estimulando a procura de diversas alternativas para enfrentar os diversos desafios e estímulos da sua vida, como o stress, a insegurança, o aborrecimento que podem gerar depressão.
As relações interpessoais, e o apoio à promoção de actividades que proporcionam prazer, relaxamento e ocupação, são factores que podem ser determinantes no apoio a dar, neste seu percurso para a autonomia e responsabilização. O tempo de lazer pode ser um bom ponto de partida, assim como a procura de prazer e de bem-estar para dar inicio á promoção de competências pessoais e sociais como por exemplo a identificação de riscos, a tomada de decisão e adopção de comportamentos alternativos associados à promoção da saúde e do bem-estar.
Se se conhecerem estes factores os adolescentes podem ser incentivados a investir em si próprios, no desenvolvimento de capacidade que vise a focalização na solução dos seus problemas, no aumento do seu esforço no investimento pessoal, no investimento em amigos íntimos, na tentativa de cultivar o sentimento de pertença aos diferentes grupos sociais como a família, a escola, a colectividade desportiva ao simplesmente o grupo mais restrito de amigos. A utilização simples de processos de encontro visando a serenidade pessoal ou apenas divertimento, podem funcionar como tentativa de focar nas partes positivas das situações, na partilha de problemas, e se necessário na procura de ajuda profissional.
Deve -se ainda salientar que os adolescentes devem também ser alertados para o prejuízo pessoal de optar por estratégias contrárias como centrar-se nas preocupações, reduzir a tensão através do consumo de substância e da exposição ao risco, fechar-se e guardar para si as preocupações, tentar ignorar um problema óbvio, culpar-se pelos problemas. Os adolescentes devem ser nos meios escolar e familiar frequentemente alertados para um cem número de coisas que não devem fazer, mas isto deve ser sempre acompanhado de um debate construtivo sobre comportamentos ou estratégias alternativas para lidar com os seus problemas assim que identificados. Actualmente o sector da educação, goza da mais recente legislação a nível da política de promoção da saúde, numa perspectiva de bem-estar e promoção de competências pessoais e sociais dos alunos, é uma aposta promissora no desenvolvimento de recursos de apoio aos alunos, nomeadamente alunos com maiores vulnerabilidades, e pode vir a revelar-se definitiva no desenvolvimento de capacidades nos grupos família, escola e promotor da saúde.
A partir de 1990 a revolução social associada ao desenvolvimento das novas tecnologias, traz consigo um novo desafio aos adultos (adopção e conhecimento), pois as novas gerações mexem-se com muito à vontade no amigável mundo das novas tecnologias de comunicação, contudo sem modelos de referência dos adultos, (estes ainda não evidenciam este à vontade para elas), as consequências biológicas, pessoais e sociais deste fenómeno são ainda imprevisíveis mas, certamente, constituem o desafio nas próximas décadas.
Comentário síntese:
Nos últimos 30 anos, a comunidade académica e científica, publicou inúmeras correntes e ideias sobre os adolescentes, seus problemas, e relacionamentos nos diferentes contextos e cenários do processo de crescimento.
Contudo, foi a partir dos finais dos anos 90 do século XX, que associado ao “boom” das novas tecnologias da comunicação e da criação, e ao desenvolvimento da “internet”, que surge como grande necessidade um novo desafio a todos os grupos da sociedade, principalmente aos grupos das comunidades académicas, cientifica, pais, profissionais da educação, da saúde etc.
Se no inicio dos anos 70 do século XX, foi necessário desenvolver estudos onde se pedia abertura, diálogo e interacção, hoje fundamentalmente por via destas novas formas (novas tecnologias) de interagir, crescer, socializar, e aprender, um novo desafio está lançado, conhecer como se adaptam e agem os jovens e adolescentes de hoje a estas novas tecnologias e qual o papel e importância que estas assumem no seu desenvolvimento, para depois se traçarem modelos e desenvolverem programas adequados aos diferentes grupos da sociedade adulta, por forma a que estes também se integrem nesta nova realidade.
QUESTÃO II e III - Criar um Avatar e colocar o endereço no e-fólio B –
http://www.voki.com/php/viewmessage/?chsm=1901f34e8d1ee81b9298c45432b5bb03&mId=454645
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-Tema resumido a partir do documento colocado na plataforma da UAB em:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v26n2/v26n2a07.pdf
- Criação do avatar:
http://www.voki.com/
- Publicação do avatar no Blogue:
http://brainthunderstorm.blogspot.com/
Ano Lectivo de 2009/2010 29 de Março de 2010
Psicologia do Desenvolvimento11032 – e-fólio B
Nome: António Hélder Gomes Rodrigues
Nº Estudante: 903372 Turma: 5
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Questão nº I Realizar ficha de leitura (Tema 2)
FICHA DE LEITURA
Nome do Autor: António Hélder Gomes Rodrigues
Título: A saúde do adolescente: O que se Sabe e quais são os novos desafios
Editor: Resumo do artigo em título, em resposta ao conteúdo do e-fólio B da disciplina “Psicologia do Desenvolvimento”, no âmbito do curso “Licenciatura em Educação” da Universidade Aberta, ano lectivo de 2009/2010 – 1º ano 2º semestre.
Data da Leitura – 29 de Abril de 2010
Informações sobre o autor: Estudante, aluno do 1º ano de “Licenciatura em Educação” na UAB, 48 anos de idade, casado, pai de uma filha, residente em São Félix da Marinha, Gaia, natural de Moçambique e trabalha em comercio internacional.
Ideia Principal:
A saúde do adolescente, o que se sabe e quais os novos desafios? No inicio dos anos 70, surge a necessidade de desenvolver estudos sobre esta temática, onde se pedia abertura, diálogo e interacção, hoje fundamentalmente por via do desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e informação, e a sua utilização massiva (pelo desenvolvimento da Internet), novas e mais complexas formas de interagir, crescer, socializar, e aprender, estão lançadas na vida dos jovens adolescentes, e seus grupos de socialização privilegiada, nomeadamente pais e professores.
Assim para se perceber este novo rumo do dia-a-dia, e desenvolver projectos adequados às sociedades contemporâneas um novo desafio está lançado, conhecer e acordar para esta nova realidade.
Começamos então por aquilo que já se sabe:
Os adolescentes – A puberdade e a consequente entrada na adolescência, ocorrem cada vez mais de forma mais precoce, o que traz uma necessidade de reavaliação por parte destes relativamente a si e ao seu projecto de vida.
Isto, por si só, já é um factor importante no ceio das famílias e dos diferentes grupos da sociedade, mas quando associado aos múltiplos contextos em que os adolescentes se movem nomeadamente nas suas relações com os pares, grupos e elementos do sexo oposto, podem gerar diferentes situações de comportamento social diferenciadas, pois as práticas do dia-a-dia determinam essa possibilidade.
A família - Na família as crianças e os jovens vão aprendendo a lidar com situações do dia-a-dia e com os outros. Compreender que impactos estas relações emocionais e sociais mais precoces têm nas estruturas cognitivas e afectivas das criança ou jovens, é um factor de elevada importância, pois é a partir destas situações que a crianças e os jovens constroem as suas representações do mundo. Os antecedentes parentais tais como, o rendimento, a estrutura e organização familiar, estão indirectamente relacionados com o envolvimento parental por via o seu impacto nos grupos de vizinhança, e por sua vez no ambiente da escola. Estudos existem em que se prova por exemplo que as crianças e adolescentes provenientes de famílias com baixos rendimentos, estão mais expostas a níveis de violência, pois um estilo parental mais punitivo e menos participativo ocorrem aqui com mais frequência, enquanto nas famílias de melhores rendimentos, um estilo funcional mais democrático, com um controlo parental mais interactivo e participativo, gera no seu ceio regras de funcionamento e de tomadas de decisão, despoletando assim nos jovens melhores sentimentos e competências sociais, que são determinantes na sua autonomia e independência, esta percepção dos adolescentes sobre o controlo parental está associada a um melhor ajustamento destes face aos grupos.
Os amigos - Na infância, a relação com os pares ocorre durante os jogos sociais, é neles que as crianças têm oportunidade de desenvolver e interagir adquirindo assim determinadas competências sociais como a empatia ou estratégias de controlo das emoções. À medida que sai da sua esfera familiar, a criança desenvolve a sua competência social para lidar com os outros pares ou grupos onde se encere, sendo que os elementos mais populares dos grupos ou pares têm mais oportunidades de interacção social e por isso mais vantagem na aprendizagem e prática de competências de relacionamento interpessoal. Pelo contrário, as crianças menos populares procuram um círculo de isolamento, afastam-se dos colegas o que contribui de sobremaneira para reduzir as suas hipóteses de aceitação social, a estas crianças e adolescentes (socialmente rejeitadas), associam-se a agressividade, o desajustamento ou o isolamento social, e consequentemente maiores problemas na escola.
A família ou os amigos - Os pais de forma indirecta influenciam a relação dos filhos com os seus ciclos de amigos, como antes vimos pelas suas práticas parentais diárias, pois quando promovem nos seus filhos a participação nas decisões e proporcionam uma educação que visa a autonomia e responsabilização, estão a contribuir para que os seus filhos dominem procedimentos que mais poderão usar nas suas relações com os seus amigos.
A autonomia é definida em termos cognitivos como o encorajamento para expressão dos diversos pontos de vista, e em termos comportamentais, numa participação activa nas decisões feitas na família. Quando há falta ou excesso de monitorização/controlo parental, ou pelo contrário falta ou excesso de autonomia face à família, aumenta a probabilidade de adopção de comportamentos comprometedores de saúde por parte dos adolescentes, por estes estarem limitados ao convívio em exclusividade com a família ou apenas com pares e amigos.
Uma relação positiva com a família, com o grupo de pares e com a escola, pode ser considerada um factor protector para comportamentos de risco para a saúde dos adolescentes. Pois relações tipo vertical (com a família) e relações tipo horizontal (com os amigos) têm funções diferentes, únicas e não inter-substituíveis no desenvolvimento pessoal e social do jovem, e podem até complementar-se e inter-ajudar-se no estabelecimento de um bem-estar dos adolescentes.
Grupos de pares e culturas juvenis - Os amigos são uma oportunidade crescimento e de exploração pessoal, fornecendo capacidades cognitivas pelo seu contexto da experimentação, desenvolvendo assim nos jovens toda uma validação de interesses e expectativas, na adaptação a situações novas nomeadamente as situações de stress. Os amigos, estão associados a uma percepção de felicidade pessoal, a uma maior auto-estima, a uma melhor adaptação à escola prevenindo o isolamento e a depressão, já a falta deles aparece associada a problemas de rejeição com baixa satisfação pessoal e auto-estima deficitária, e á prevalência de um sentimento de isolamento e de ansiedade social, o melhor indicador do ajustamento na idade adulta não é a inteligência e a escolaridade, mas sim a capacidade de relacionamento com os outros, considerando-se que os jovens que não conseguem um espaço para os amigos nas suas vidas, põem em risco este ajustamento pessoal e social. O grupo de pares tem um papel fundamental na construção da identidade e autonomia dos jovens, promove a formação de opiniões e atitudes, constitui um espaço de diálogo e apoio acerca dos seus problemas pessoais, escolares e profissionais, oferece múltiplas ocasiões de desenvolvimento de novas relações consigo próprio e com os outros, estimula a gestão de conflitos e o desenvolvimento de relações sociais gratificantes.
Sinais dos tempos – Crescer na idade das tecnologias – Desde meados dos anos 90 do século XX que as relações sociais dos adolescentes entre si se têm alterado, isto acontecem em paralelo com a expansão das novas tecnologias da informação e comunicação. Os jovens saem menos à noite, têm menos comportamentos de risco ligados aos consumos e à violência, mas afastam-se emocional e socialmente do mundo dos adultos, nomeadamente dos grupos, pais e professores. Assiste-se a uma grande expansão do uso do computador pessoal, seja como procura de informação (académica e outra), como por puro entretenimento, (jogos on-line, chats, etc ), ou seja como espaço de socialização nas várias opções da “WWW” (WORLD WIDE WEB), onde se privilegiam contactos com comunidades de convívio on-line, ou virtuais, tornando assim possível ao adolescente (e até ao adulto), uma vida paralela onde é possível criar o seus espaços de reflexão e introspecção. Assim a realidade virtual cada vez mais, entra no quotidiano, levantando a dúvida se se perfilará como uma nova forma de trabalho ou de lazer e socialização, ou ainda como nova dependência.
O impacto social e pessoal destes universos, é evidente para quem joga e para quem convive com jogadores, embora as consequências de saúde pública, mental e social ainda estejam a delinear-se, com prognóstico reservado.
Novas tecnologias, novos desafios, novas oportunidades? – O novo desafio para as famílias e para os promotores de saúde é o desenvolvimento de capacidades para poder ser útil aos adolescentes, estimulando a procura de diversas alternativas para enfrentar os diversos desafios e estímulos da sua vida, como o stress, a insegurança, o aborrecimento que podem gerar depressão.
As relações interpessoais, e o apoio à promoção de actividades que proporcionam prazer, relaxamento e ocupação, são factores que podem ser determinantes no apoio a dar, neste seu percurso para a autonomia e responsabilização. O tempo de lazer pode ser um bom ponto de partida, assim como a procura de prazer e de bem-estar para dar inicio á promoção de competências pessoais e sociais como por exemplo a identificação de riscos, a tomada de decisão e adopção de comportamentos alternativos associados à promoção da saúde e do bem-estar.
Se se conhecerem estes factores os adolescentes podem ser incentivados a investir em si próprios, no desenvolvimento de capacidade que vise a focalização na solução dos seus problemas, no aumento do seu esforço no investimento pessoal, no investimento em amigos íntimos, na tentativa de cultivar o sentimento de pertença aos diferentes grupos sociais como a família, a escola, a colectividade desportiva ao simplesmente o grupo mais restrito de amigos. A utilização simples de processos de encontro visando a serenidade pessoal ou apenas divertimento, podem funcionar como tentativa de focar nas partes positivas das situações, na partilha de problemas, e se necessário na procura de ajuda profissional.
Deve -se ainda salientar que os adolescentes devem também ser alertados para o prejuízo pessoal de optar por estratégias contrárias como centrar-se nas preocupações, reduzir a tensão através do consumo de substância e da exposição ao risco, fechar-se e guardar para si as preocupações, tentar ignorar um problema óbvio, culpar-se pelos problemas. Os adolescentes devem ser nos meios escolar e familiar frequentemente alertados para um cem número de coisas que não devem fazer, mas isto deve ser sempre acompanhado de um debate construtivo sobre comportamentos ou estratégias alternativas para lidar com os seus problemas assim que identificados. Actualmente o sector da educação, goza da mais recente legislação a nível da política de promoção da saúde, numa perspectiva de bem-estar e promoção de competências pessoais e sociais dos alunos, é uma aposta promissora no desenvolvimento de recursos de apoio aos alunos, nomeadamente alunos com maiores vulnerabilidades, e pode vir a revelar-se definitiva no desenvolvimento de capacidades nos grupos família, escola e promotor da saúde.
A partir de 1990 a revolução social associada ao desenvolvimento das novas tecnologias, traz consigo um novo desafio aos adultos (adopção e conhecimento), pois as novas gerações mexem-se com muito à vontade no amigável mundo das novas tecnologias de comunicação, contudo sem modelos de referência dos adultos, (estes ainda não evidenciam este à vontade para elas), as consequências biológicas, pessoais e sociais deste fenómeno são ainda imprevisíveis mas, certamente, constituem o desafio nas próximas décadas.
Comentário síntese:
Nos últimos 30 anos, a comunidade académica e científica, publicou inúmeras correntes e ideias sobre os adolescentes, seus problemas, e relacionamentos nos diferentes contextos e cenários do processo de crescimento.
Contudo, foi a partir dos finais dos anos 90 do século XX, que associado ao “boom” das novas tecnologias da comunicação e da criação, e ao desenvolvimento da “internet”, que surge como grande necessidade um novo desafio a todos os grupos da sociedade, principalmente aos grupos das comunidades académicas, cientifica, pais, profissionais da educação, da saúde etc.
Se no inicio dos anos 70 do século XX, foi necessário desenvolver estudos onde se pedia abertura, diálogo e interacção, hoje fundamentalmente por via destas novas formas (novas tecnologias) de interagir, crescer, socializar, e aprender, um novo desafio está lançado, conhecer como se adaptam e agem os jovens e adolescentes de hoje a estas novas tecnologias e qual o papel e importância que estas assumem no seu desenvolvimento, para depois se traçarem modelos e desenvolverem programas adequados aos diferentes grupos da sociedade adulta, por forma a que estes também se integrem nesta nova realidade.
QUESTÃO II e III - Criar um Avatar e colocar o endereço no e-fólio B –
http://www.voki.com/php/viewmessage/?chsm=1901f34e8d1ee81b9298c45432b5bb03&mId=454645
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-Tema resumido a partir do documento colocado na plataforma da UAB em:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v26n2/v26n2a07.pdf
- Criação do avatar:
http://www.voki.com/
- Publicação do avatar no Blogue:
http://brainthunderstorm.blogspot.com/
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1 comentário:
Colegas,
Não sei quanto vale este e-fólio, assim que for avaliado dou a conhecer.
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