08/04/2010

O MEU (e-fólio - A)




LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO
Ano Lectivo de 2009/2010
26 de Março de 2010

Psicologia do Desenvolvimento11032 – e-fólio A

Nome: António Hélder Gomes Rodrigues
Nº Estudante: 903372 Turma: 5



Questionário:
A) Realizar um resumo do capítulo 2.1. do Manual de Psicologia do Desenvolvimento (pág. 34-42). - “Desenvolvimento Humano”

De acordo com o estudado neste capítulo, o desenvolvimento humano processa-se de forma multifacetada, complexa e desafiante ao longo das diferentes fases do crescimento e da vida do indivíduo (maturação).
Cada uma destas fases do crescimento é denominada de estádio, e, nos diferentes estádios do desenvolvimento ocorrem mudanças, alterações, não só fisiológicas, e biológicas como também psicológicas e socioculturais. Às diferentes fases do crescimento humano encontram-se subjacentes diferentes estádios do desenvolvimento, isto é, a cada fase temporal do crescimento da vida humana, correspondem diferentes assimilações e desenvolvem-se diferentes estruturas cujas características são próprias, e que são determinantes no processo do desenvolvimento humano (estádio).
A influência do meio ambiente (Nurture) e a herditariedade (Nature), são também factores de grande intervenção no desenvolvimento humano e justificam por si só, a existência de várias correntes ou abordagens para o estudo desta temática.
Pela abordagem maturacionista, o desenvolvimento humano processa-se de acordo com uma pré-determinação genética sendo que o genético é algo inato pré-determinado, onde portanto, a hereditariedade desempenhará um papel determinante no processo de crescimento e maturação, conceito de nature.
Já na teoria behaviorista (que é a que se opõe à abordagem maturacionista), são os factores do meio ambiente e da aprendizagem que marcam as diferentes fases do desenvolvimento humano.
Estes factores, segundo esta teoria, exercem influências tão determinantes no desenvolvimento, que se sobrevalorizam às influências genéticas, nurture.
Uma outra forma de explicar estes fenómenos é a abordagem interaccionista, do desenvolvimento humano, que considera a hereditariedade, o meio ambiente e a assimilação de conceitos e de concretos (aprendizagem), como factores determinantes no desenvolvimento humano.
Existem portanto várias correntes (mais ou menos cientificas) que explicam o desenvolvimento humano, sendo que as mais relevantes, são a psicanalítica, que explica o desenvolvimento humano através de impulsos e motivações nos diferentes estádios do desenvolvimento, a behaviorista que considera que o indivíduo nasce sem ideias e concepções inatas, sendo o ambiente onde está inserido e toda a aprendizagem então conseguida os factores que determinam todas as alterações à posteriori ao nível dos comportamentos, pensamentos e sentimentos, a cognitiva, que defende que o individuo quando nasce possui um complexo código genético que lhe faculta por si só um conjunto de interacções com o quotidiano despoletando assim um processo de experimentação, e, por fim existe ainda a corrente humanista, que considera que ao longo da vida os indivíduos são espontâneos, auto-determinados e criativos, sendo contudo autónomos nas suas decisões.
Julgo que foi possível observar no estudo deste capítulo que o desenvolvimento humano tem vindo a ser objecto de estudo em diversas áreas da psicologia, contudo este desafio pelo seu grau de complexidade e valor científico está na minha opinião longe de ser considerado ou tido como matéria sistematizada ou forma de conceito, pois ainda não foi encontrada a fórmula para o fazer.

B) Desenvolver as actividades que são apresentadas nas pág. 41-42 do referido Manual.
Actividades
1. Os ritmos diferentes de desenvolvimento para a criança de dois anos comparativamente a um chimpanzé de dois meses, a um coelho de duas semanas ou a um potro de duas horas, explica-se pela existência de estádios no processo de desenvolvimento da espécie humana.
Na evolução humana estão conceptualizados diferentes estádios de desenvolvimento e crescimento, a cada estádio (estrutura com características próprias) do desenvolvimento, corresponde uma adaptação deste ao meio ambiente, e os diferentes estádios estão ordenados por uma sequência padronizada e em concordância com uma evolução integrativa, não se podendo por isso fazer termo de comparação entre o homem e outras espécies.

2. Goddard nos estudos que realizou tentou provar que a hereditariedade é o factor que mais determina o desenvolvimento humano, (corrente maturacionista) e tentou demonstrar que todas as diferenças encontradas entre indivíduos são o reflexo da diversidade hereditária. Quando o texto refere que a mulher de bem deu-lhe sete filhos de bom porte e dos quais descenderam seres de qualificações superiores e que a empregada da taberna deu-lhe um filho ilegítimo, em cuja descendência só encontrou ladrões de cavalos, prostitutas, alcoólicos e gente com um nível baixo de inteligência, julgo que podemos observar essa visão maturacionista, do desenvolvimento humano que é aquela que o perspectiva através de uma predeterminação genética, inata (conceito nature).

3. Julgo que nesta afirmação Watson coloca em evidência a corrente behaviorista do desenvolvimento humano.
Esta corrente é aquela que considera que o indivíduo nasce sem ideias nem concepções inatas e é o ambiente de crescimento e a aprendizagem que determinam os comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Só assim, dotado destes conceitos é possível uma visão desta natureza onde a afirmação “Dêem-me um bebé e eu farei dele o que quiser, um ladrão ou um juiz, um pistoleiro ou um médico”, ganha formas de simples realidade.

4. Na história de Victor Averon, julgo que os argumentos a apresentar por defensores da hereditariedade (corrente maturacionista) e do meio ambiente ( corrente behaviorista), seriam aqueles que estão adjacentes ás suas concepções ideológicas sobre o desenvolvimento humano, ou seja para os defensores da hereditariedade, os atrasos ou retrocessos do menino enquanto ser social da espécie humana, estão ligados á sua capacidade de adaptação à vida selvagem pela sequência genética (evolução biológica prevê na sua génese complexas alterações genéticas), enquanto para os defensores do meio ambiente os argumentos seriam mesmo esses, o prolongado convívio do menino com meio selvagem como ambiente de desenvolvimento e convívio moldou o crescimento de tal forma, que provocou estas diferenças no menino quando comparado com um outro ser da sua espécie num mesmo período temporal de existência.

5. Ambos são importantes no processo de aprendizagem, já que até hoje nenhum estudo consegue provar que um processo está dissociado do outro ou seja um não pode ser analisado sem intervenção do outro, contudo penso que nurture (influência do meio ambiente) terá ao longo do crescimento e do desenvolvimento uma maior influência estrutural ao nível da aprendizagem no individuo do que nature (factores hereditários), pelo simples facto de ser este o que mais despoleta na pessoa as sensação da experimentação.

6.O sucesso ou insucesso das experiências de uma pessoa está realmente “nas cartas”. Afinal de contas, a maior parte dos delinquentes juvenis não tem origem numa família onde os pais revelem uma tendência para a delinquência. DISCORDO MUITO

A motivação e o impulso determinam quem atinge um nível quase perfeito. A aptidão contribui. Afinal, Thomas Edison disse que a genialidade é de 1% de inspiração e 99% de transpiração. CONCORDO

John Locke, filósofo inglês do século XVII, acreditava que, no nascimento, a mente era uma tábua rasa. Esta opinião está assente na perspectiva behaviorista do desenvolvimento. CONCORDO MUITO

É importante consultar o meu horóscopo, especialmente se vou enfrentar situações que exigem decisões importantes. DISCORDO MUITO

Se quiser ter sucesso siga o conselho de ir viver para o litoral, pois aí o clima é mais propício à sua obtenção. DISCORDO MUITO

O comportamento é o resultado da hereditariedade a interagir com o meio a interagir com o tempo. CONCORDO

Bibliografia:
GOMES ALLEN, Ana; GOMES, Alexandra; MONTEIRO, Sara, SOUSA, Anabela; Tavares, José - “Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem” – Porto Editora – 2007
Cap. 2.1. “Desenvolvimento Humano” (PP 34-42)